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Virose Intestinal por Rotavírus: Tudo o Que Você Precisa Saber

O que é?

A virose intestinal causada pelo rotavírus é uma das principais causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos, embora também possa afetar adultos em situações específicas. Trata-se de uma infecção altamente contagiosa, provocada por um vírus que ataca as células do intestino delgado, levando à inflamação e prejuízo na absorção de nutrientes. Antes da introdução das vacinas, o rotavírus era responsável por milhões de hospitalizações e milhares de mortes anualmente em todo o mundo.

Como ocorre a transmissão?

O rotavírus é transmitido principalmente por via fecal-oral, o que significa que o contato com fezes contaminadas pode disseminar o vírus. Isso pode ocorrer através de:

Mãos contaminadas.

Consumo de água ou alimentos contaminados.

Contato com superfícies infectadas.

Além disso, o vírus pode ser transmitido pelo contato próximo com pessoas infectadas, especialmente em ambientes como creches e escolas.

Sintomas

Os sintomas geralmente aparecem de 1 a 3 dias após a infecção e incluem:

Diarreia aquosa intensa: Pode durar de 3 a 8 dias.

Febre: Comum nos primeiros dias da doença.

Vômitos: Muitas vezes persistentes, contribuindo para a desidratação.

Dor abdominal e cólicas: Decorrentes da inflamação intestinal.

Perda de apetite e fadiga: Devido à perda de líquidos e nutrientes.

Causas

O rotavírus é um dos principais agentes infecciosos associados a gastroenterites. Ele possui grande resistência no ambiente, podendo sobreviver por dias em superfícies e alimentos. Além disso, é resistente a muitos produtos de limpeza comuns, o que aumenta sua disseminação em locais públicos.

Complicações

A principal complicação da infecção por rotavírus é a desidratação, que ocorre devido à perda de grandes volumes de líquidos e eletrólitos pela diarreia e vômitos. Os sinais de desidratação incluem:

Boca seca e lábios rachados.

Olhos fundos.

Redução na quantidade de urina ou urina muito concentrada.

Moleira afundada em bebês.

Letargia ou irritabilidade.

Em casos graves, a desidratação pode levar a choque e até à morte se não tratada adequadamente.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é clínico, baseado nos sintomas relatados. No entanto, em casos graves ou surtos, testes laboratoriais podem ser realizados para confirmar a presença do rotavírus, como:

Testes de antígenos em fezes.

PCR (reação em cadeia da polimerase) para detecção do material genético viral.

Tratamento

Não existe um antiviral específico para o rotavírus, e o tratamento é voltado para o alívio dos sintomas e prevenção da desidratação.

1. Reidratação:

Solução de reidratação oral (SRO): Essencial para repor líquidos e eletrólitos perdidos.

Hidratação intravenosa: Necessária em casos de desidratação grave ou quando o paciente não consegue ingerir líquidos devido a vômitos persistentes.

2. Alimentação:

Manutenção da alimentação: Assim que os vômitos cessarem, é importante retomar a alimentação com dieta leve e de fácil digestão, como arroz, batata, banana e maçã.

Evitar alimentos gordurosos e ricos em açúcar: Podem agravar a diarreia.

3. Medicamentos:

Antipiréticos, como o paracetamol, para controle da febre.

Antieméticos, para aliviar os vômitos em casos específicos.

Probióticos, em alguns casos, para ajudar na recuperação da flora intestinal.

Prevenção

A prevenção da infecção por rotavírus é extremamente eficaz com a combinação de vacinação, higiene e saneamento:

1. Vacinação:

A vacina contra o rotavírus está disponível no calendário nacional de vacinação para bebês, administrada em duas ou três doses, dependendo do tipo de vacina. Ela é altamente eficaz na redução da gravidade e da mortalidade associadas à infecção.

2. Higiene:

Lavar as mãos frequentemente, especialmente antes de comer e após usar o banheiro.

Higienizar adequadamente utensílios e superfícies, especialmente em locais onde há crianças pequenas.

3. Saneamento:

Garantir o consumo de água potável e alimentos bem higienizados.

Promover a educação sanitária em comunidades vulneráveis.

Como nossos clínicos abordam via Telemedicina

A telemedicina é uma ferramenta essencial no manejo da infecção por rotavírus:

1. Consulta inicial:

Durante a consulta, os médicos avaliam os sintomas, determinam a gravidade da infecção e fornecem orientações sobre cuidados domiciliares.

2. Monitoramento:

O acompanhamento remoto é fundamental para observar sinais de desidratação e avaliar a necessidade de encaminhamento para atendimento presencial.

3. Educação em saúde:

Os pacientes recebem orientações sobre a importância da reidratação, alimentação adequada e medidas de higiene para evitar novas infecções ou surtos familiares.

Conclusão

A virose intestinal por rotavírus é uma condição séria, especialmente em crianças pequenas, mas pode ser efetivamente prevenida com vacinação e hábitos de higiene. O diagnóstico precoce e o manejo adequado, com foco na reidratação, são cruciais para evitar complicações graves. A telemedicina tem se mostrado uma aliada poderosa na orientação e monitoramento desses casos, garantindo que os pacientes recebam o suporte necessário no conforto de suas casas.

Quem escreveu esse artigo:

DR BRUNO RECH<br><span style="font-weight:400;font-size:1em;">CRMRS 53500</span>

DR BRUNO RECH
CRMRS 53500

Dr. Bruno é plantonista de urgência e emergência e realiza atendimento clínico através de um consultório online. Além de ser redator da Revista MedLine, é o responsável técnico na MedLine Telemedicina©, com mais de 8500 consultas realizadas.

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