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Perda de Memória e Esquecimento: Causas, Sintomas e Tratamento

O que é?

A perda de memória, ou esquecimento, é uma condição em que uma pessoa tem dificuldade em lembrar de informações previamente conhecidas ou em armazenar novas informações. Essa condição pode ocorrer de forma leve, como esquecer onde colocou as chaves, ou mais severa, dificultando atividades cotidianas. Embora a perda de memória seja mais comum em idosos, ela pode afetar pessoas de qualquer idade e pode ser causada por uma variedade de fatores, como estresse, doenças neurológicas, falta de sono e outros fatores de saúde física e mental.

Tipos de Perda de Memória

A perda de memória pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo da causa e da extensão da condição:

  • Perda de Memória Transitória: Também conhecida como “branco”, é comum e geralmente ocorre devido ao estresse, ansiedade ou distração. Esse tipo de esquecimento é temporário e tende a melhorar espontaneamente.
  • Perda de Memória de Curto Prazo: Envolve a incapacidade de lembrar informações que acabaram de ser adquiridas, como o nome de alguém que acabou de ser apresentado.
  • Perda de Memória de Longo Prazo: Relaciona-se à dificuldade de recordar eventos ou informações armazenadas há muito tempo. Pode ser um sinal de condições mais graves, como a doença de Alzheimer.
  • Amnésia Anterógrada: Refere-se à incapacidade de formar novas memórias após um evento traumático ou lesão cerebral.
  • Amnésia Retrógrada: Consiste na perda de memórias anteriores a um evento traumático ou condição específica.

Epidemiologia

A perda de memória leve, muitas vezes referida como “falha de memória”, é uma experiência comum que afeta a maioria das pessoas em algum momento da vida. Em idosos, a prevalência é ainda maior, com cerca de 20% a 40% dos indivíduos acima dos 65 anos apresentando algum grau de comprometimento cognitivo leve (CCL), que pode incluir perda de memória. A demência, uma forma mais grave de declínio da memória e de outras funções cognitivas, afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, com números que se estimam dobrar até 2050 devido ao envelhecimento populacional.

Sintomas

Os sintomas de perda de memória podem variar dependendo da causa e da gravidade do problema, e incluem:

  • Esquecimento de eventos recentes: Dificuldade em lembrar o que ocorreu recentemente, como um encontro ou uma conversa.
  • Dificuldade para recordar nomes e palavras: Frequente esquecimento de palavras durante uma conversa ou dificuldade em lembrar o nome de uma pessoa conhecida.
  • Perder objetos frequentemente: Como esquecer onde deixou as chaves, o celular ou outros itens pessoais.
  • Dificuldade em seguir instruções: Pode ser difícil lembrar passos em uma receita ou direções para chegar a um lugar.
  • Repetir perguntas ou histórias: Não lembrar que já fez uma pergunta ou já contou uma história para alguém.
  • Confusão com datas e horários: Pode ser difícil lembrar que dia é hoje ou compromissos importantes.

Causas

A perda de memória pode ser causada por uma variedade de fatores, que incluem tanto condições de saúde física quanto mental:

Fatores Temporários

  • Estresse e Ansiedade: A tensão e o estresse podem interferir na capacidade de concentração e, portanto, prejudicar a formação de memórias.
  • Privação de Sono: Dormir mal ou insuficientemente reduz a capacidade do cérebro de consolidar informações e criar novas memórias.
  • Uso de Substâncias: O consumo excessivo de álcool e certas medicações, como sedativos e antidepressivos, pode causar falhas de memória.
  • Desnutrição: A falta de nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B, também pode levar a problemas de memória.

Condições Crônicas ou Progressivas

  • Doença de Alzheimer e Demência: São causas comuns de perda de memória progressiva em idosos, onde o comprometimento cognitivo se agrava com o tempo.
  • Lesões na Cabeça: Traumatismos cranianos podem levar a diferentes tipos de amnésia.
  • Depressão: A depressão não só causa baixa de humor, como também pode afetar a memória, especialmente no armazenamento de novas informações.
  • Hipotireoidismo: Problemas na tireoide, como a produção insuficiente de hormônios, podem impactar a função cognitiva, incluindo a memória.

Diagnóstico

O diagnóstico da perda de memória envolve uma avaliação detalhada para determinar a causa subjacente e a gravidade da condição:

  • Histórico Médico: O médico fará perguntas sobre quando os problemas de memória começaram, se pioraram ao longo do tempo e se há histórico familiar de doenças relacionadas à memória.
  • Exames Neurológicos e Cognitivos: Testes que medem a capacidade de memória, habilidades de linguagem e função cognitiva são utilizados para avaliar a extensão do comprometimento.
  • Exames de Imagem: Exames como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) podem ser usados para identificar alterações estruturais no cérebro que possam estar causando os sintomas.
  • Exames de Sangue: Para verificar deficiências de vitaminas, função tireoidiana ou outros problemas metabólicos que possam estar contribuindo para a perda de memória.

Tratamento

O tratamento da perda de memória depende da causa subjacente e pode incluir intervenções farmacológicas e não farmacológicas:

Tratamento Farmacológico

  • Medicação para Problemas Subjacentes: No caso de depressão ou hipotireoidismo, o tratamento adequado dessas condições pode melhorar os sintomas de memória.
  • Inibidores da Colinesterase: Para pacientes com doença de Alzheimer, medicamentos como donepezila e rivastigmina podem ajudar a melhorar temporariamente a função cognitiva.
  • Suplementação: A suplementação de vitaminas do complexo B pode ser recomendada em casos de deficiência que afete a memória.

Tratamento Não Farmacológico

  • Terapia Cognitiva: Técnicas de estimulação cognitiva, como jogos de memória, atividades que envolvam raciocínio e aprendizado, ajudam a exercitar o cérebro e a manter as habilidades de memória.
  • Modificações no Estilo de Vida:
    • Exercício Físico Regular: A prática de exercícios ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, estimulando a criação de novas conexões neurais.
    • Dieta Balanceada: Incluir alimentos ricos em antioxidantes e ômega-3 pode proteger a função cerebral e prevenir o declínio cognitivo.
    • Sono Adequado: Estabelecer uma rotina de sono regular, garantindo de 7 a 9 horas de sono por noite, é crucial para a memória.
  • Gestão do Estresse: Práticas como meditação, ioga e exercícios de respiração ajudam a reduzir o estresse, que pode ser um fator que contribui para o esquecimento.

Prevenção

A prevenção da perda de memória envolve a adoção de hábitos saudáveis que promovam a saúde cerebral:

  • Manter uma Rotina de Estímulos Mentais: Ler, aprender algo novo e praticar hobbies ajudam a manter o cérebro ativo.
  • Conectar-se Socialmente: Ter uma rede de apoio social ativa e participar de atividades em grupo pode proteger contra o declínio cognitivo.
  • Exercitar-se Regularmente: Exercícios físicos não só ajudam na saúde física, mas também promovem um bom fluxo sanguíneo para o cérebro, fundamental para a memória.
  • Alimentação Saudável: Consumir uma dieta rica em frutas, vegetais, gorduras saudáveis (como nozes, azeite e abacate), e peixes ricos em ômega-3 (como salmão) é importante para a saúde do cérebro.

Como nossos clínicos abordam via Telemedicina

Nos atendimentos via telemedicina, nossos clínicos utilizam uma abordagem personalizada e centrada no paciente para a perda de memória:

  • Consulta Inicial Detalhada: A consulta virtual permite que nossos médicos façam uma avaliação detalhada dos sintomas, fatores de risco e histórico familiar para compreender a causa da perda de memória.
  • Orientação sobre Estilo de Vida: São discutidas estratégias para melhorar o sono, a dieta e reduzir o estresse. Os pacientes recebem dicas práticas para manter a memória ativa e estratégias para lidar com o esquecimento no dia a dia.
  • Prescrição Segura de Medicamentos: Quando necessário, são prescritos medicamentos para ajudar a tratar a causa subjacente ou para melhorar a função cognitiva.
  • Exames: Por vezes são necessários exames de sangue para testar hormônios e possíveis deficiências de vitaminas e até de Imagem, a depender da especificidade do caso.

Acompanhamento Regular: O acompanhamento contínuo é feito para monitorar a evolução do quadro e fazer ajustes no plano de tratamento, de acordo com a resposta do paciente.

Quem escreveu esse artigo:

DR BRUNO RECH<br><span style="font-weight:400;font-size:1em;">CRMRS 53500</span>

DR BRUNO RECH
CRMRS 53500

Dr. Bruno é plantonista de urgência e emergência e realiza atendimento clínico através de um consultório online. Além de ser redator da Revista MedLine, é o responsável técnico na MedLine Telemedicina©, com mais de 8500 consultas realizadas.

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