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Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O que é?

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente conhecido como ataque cardíaco, é uma condição médica grave que ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco (miocárdio) é abruptamente interrompido. Isso acontece, geralmente, devido à obstrução de uma ou mais artérias coronárias por um coágulo de sangue. A falta de oxigênio e nutrientes que chega ao coração pode causar danos irreversíveis ao tecido cardíaco, resultando em morte celular. O IAM é uma das principais causas de morte no mundo e requer atendimento médico emergencial.

Sintomas

Os sintomas do IAM podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Dor torácica: Uma dor ou desconforto intenso, geralmente descrito como uma sensação de aperto, peso ou pressão no centro do peito. Pode durar vários minutos ou ir e vir.
  • Dor irradiada: A dor pode irradiar para outras áreas do corpo, como braços, ombros, costas, pescoço, mandíbula ou estômago.
  • Falta de ar: Dificuldade para respirar ou respiração curta, que pode ocorrer antes ou junto com a dor no peito.
  • Náuseas e vômitos: Sensação de mal-estar ou desconforto gástrico.
  • Sudorese: Suor frio, geralmente acompanhado de palidez.
  • Tontura ou desmaio: Sensação de vertigem ou perda temporária de consciência.
  • Fadiga extrema: Cansaço intenso, sem explicação aparente, que pode ocorrer dias ou semanas antes do infarto.

É importante destacar que os sintomas podem variar entre os indivíduos, sendo que as mulheres, idosos e diabéticos podem apresentar sintomas atípicos, como falta de ar sem dor no peito ou apenas desconforto na região abdominal.

Causas

O IAM é geralmente causado por uma condição conhecida como aterosclerose, em que placas de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias coronárias. Quando uma dessas placas se rompe, um coágulo de sangue se forma no local, bloqueando o fluxo sanguíneo. As principais causas e fatores de risco incluem:

  • Tabagismo: O fumo danifica as artérias e promove a formação de placas.
  • Hipertensão arterial: Pressão arterial elevada aumenta o esforço do coração e contribui para a formação de placas.
  • Hiperlipidemia: Níveis elevados de colesterol LDL (ruim) e triglicerídeos no sangue aumentam o risco de aterosclerose.
  • Diabetes mellitus: A glicose alta no sangue pode danificar os vasos sanguíneos e promover a aterosclerose.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o aumento de peso, hipertensão e diabetes.
  • Obesidade: Especialmente a obesidade abdominal, está associada a fatores de risco como diabetes e hipertensão.
  • Histórico familiar: Ter parentes próximos que tiveram doenças cardíacas precoces aumenta o risco.
  • Idade e gênero: O risco aumenta com a idade, e os homens têm maior probabilidade de sofrer um infarto em idades mais jovens do que as mulheres.

Complicações

O IAM pode resultar em várias complicações sérias, incluindo:

  • Insuficiência cardíaca: O dano ao músculo cardíaco pode prejudicar a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz.
  • Arritmias: Batimentos cardíacos irregulares ou perigosos podem ocorrer devido ao dano ao tecido cardíaco.
  • Choque cardiogênico: Uma condição grave em que o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.
  • Ruptura cardíaca: Uma complicação rara, mas fatal, onde a parede do coração se rompe.
  • Parada cardiorrespiratória: Pode ocorrer se o infarto causar isquemia importante no músculo cardíaco, fazendo com que ele interrompa os batimentos.

Diagnóstico

O diagnóstico de IAM é baseado em uma combinação de história clínica, exames físicos e testes diagnósticos, incluindo:

  • Eletrocardiograma (ECG): Registra a atividade elétrica do coração e pode identificar alterações indicativas de um infarto.
  • Exames de sangue: Testes como os níveis de troponina, uma proteína liberada quando o músculo cardíaco está danificado, são cruciais para confirmar o IAM.
  • Angiografia coronária: Um exame de imagem que utiliza um corante e raios-X para visualizar as artérias coronárias e identificar bloqueios.
  • Ecocardiograma: Usa ultrassom para criar imagens do coração e avaliar o movimento do músculo cardíaco e a função das válvulas.
  • Tomografia computadorizada (TC) cardíaca: Pode ser usada para avaliar as artérias coronárias e detectar obstruções.

Tratamento

O tratamento imediato do IAM é essencial para restaurar o fluxo sanguíneo ao coração e minimizar o dano ao músculo cardíaco. As opções de tratamento incluem:

  • Terapia trombolítica: Medicamentos que dissolvem coágulos sanguíneos e restauram o fluxo sanguíneo.
  • Angioplastia coronária com colocação de stent: Um procedimento em que um balão é usado para abrir a artéria bloqueada, seguido pela colocação de um stent para manter a artéria aberta.
  • Cirurgia de revascularização do miocárdio (bypass): Em casos graves, pode ser necessária uma cirurgia para criar novos caminhos para o sangue fluir ao redor das artérias bloqueadas.
  • Medicamentos:
    • Anticoagulantes: Para prevenir a formação de novos coágulos.
    • Betabloqueadores: Para reduzir a carga de trabalho do coração.
    • Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): Para melhorar a função cardíaca e reduzir a pressão arterial.
    • Estatinas: Para reduzir os níveis de colesterol e prevenir futuros infartos.
    • Nitratos: Para aliviar a dor no peito.

Prevenção

Prevenir o IAM envolve a adoção de um estilo de vida saudável e a gestão de fatores de risco conhecidos. Medidas preventivas incluem:

  • Parar de fumar: Evitar o tabagismo e a exposição ao fumo passivo.
  • Alimentação saudável: Dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixe e pobre em gorduras saturadas e trans.
  • Exercício regular: Pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.
  • Controle do peso: Manter um peso saudável para reduzir o risco de hipertensão e diabetes.
  • Gerenciamento do estresse: Técnicas como meditação, ioga e exercícios de respiração podem ajudar a controlar o estresse.
  • Monitoramento regular da saúde: Realizar check-ups regulares para monitorar a pressão arterial, níveis de colesterol e glicose no sangue.

Como abordamos via Telemedicina

A telemedicina é uma ferramenta valiosa na prevenção, diagnóstico e acompanhamento de pacientes com IAM oferecendo várias vantagens:

  • Consultas regulares: Permite que os pacientes mantenham contato contínuo com seus médicos para monitoramento de sintomas e ajustes no tratamento.
  • Monitoramento remoto: Dispositivos vestíveis podem monitorar a pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores, enviando dados diretamente para o médico.
  • Educação do paciente: A telemedicina facilita a educação contínua sobre a condição, ajudando os pacientes a entenderem melhor os sinais de alerta e a importância da adesão ao tratamento.
  • Intervenção rápida: Em caso de sintomas suspeitos, os pacientes podem entrar em contato com um médico rapidamente, se o médico suspeitar de algo mais grave, ele mesmo tranquiliza o paciente, orienta as medidas iniciais a serem tomadas, entra em contato com o serviço de emergência e solicita uma ambulância e atendimento imediato para o paciente.

Quem escreveu esse artigo:

DR BRUNO RECH<br><span style="font-weight:400;font-size:1em;">CRMRS 53500</span>

DR BRUNO RECH
CRMRS 53500

Dr. Bruno é plantonista de urgência e emergência e realiza atendimento clínico através de um consultório online. Além de ser redator da Revista MedLine, é o responsável técnico na MedLine Telemedicina©, com mais de 8500 consultas realizadas.

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