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Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

O que é?

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), também conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial nos vasos sanguíneos. A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto o coração bombeia. Valores normais de pressão arterial são inferiores a 120/80 mmHg. Quando a pressão se mantém igual ou superior a 140/90 mmHg em várias medições, o diagnóstico de hipertensão é considerado. Essa condição é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Sintomas

Na maioria das vezes, a HAS é assintomática, o que significa que os pacientes podem não apresentar sintomas evidentes. Por isso, é conhecida como “assassina silenciosa”. Quando os sintomas aparecem, podem incluir:

  • Cefaleia: Dor de cabeça persistente, principalmente na região occipital.
  • Tontura: Sensação de vertigem ou desequilíbrio.
  • Dispneia: Falta de ar, especialmente ao esforço.
  • Palpitações: Sensação de batimento cardíaco rápido ou irregular.
  • Zumbido nos ouvidos: Ruídos percebidos sem que haja som externo correspondente.
  • Epistaxe: Sangramento nasal espontâneo.

Causas

A HAS pode ser classificada em primária (essencial) e secundária. A hipertensão primária, que representa cerca de 90% dos casos, não tem uma causa definida, sendo geralmente relacionada a fatores genéticos, ambientais e ao estilo de vida, como:

  • Idade avançada: O risco aumenta com a idade.
  • Histórico familiar: Presença de hipertensão em parentes próximos.
  • Sedentarismo: Falta de atividade física regular.
  • Dieta rica em sódio: Consumo excessivo de sal.
  • Obesidade: Excesso de peso aumenta a resistência vascular.
  • Consumo excessivo de álcool: Bebidas alcoólicas em excesso podem elevar a pressão.
  • Estresse crônico: Pode contribuir para o aumento da pressão arterial.

A hipertensão secundária é causada por condições subjacentes, como:

  • Doenças renais: Insuficiência renal crônica, glomerulonefrite.
  • Doenças endócrinas: Hiperaldosteronismo, feocromocitoma.
  • Uso de medicamentos: Anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios.
  • Apneia do sono: Distúrbio respiratório durante o sono.

Complicações

Nosso corpo precisa de uma Pressão ideal para que todos os órgãos e sistemas funcionem, com ela elevada, as partes de corpo que sofrem os primeiros danos são aquelas onde os vasos sanguíneos que as alimentam, são mais finos e delicados, sofrendo pequenas rupturas ao longo do tempo, diminuindo assim a função daquele tecido ou estrutura. A ausência de tratamento adequado para a HAS pode levar a complicações graves, como:

  • Doenças cardiovasculares: Aterosclerose, infarto do miocárdio, AVC.
  • Insuficiência renal: Danos aos rins que podem levar à necessidade de diálise.
  • Retinopatia hipertensiva: Lesões nos vasos sanguíneos da retina, podendo causar cegueira.
  • Aneurisma: Formação de dilatações nos vasos sanguíneos, com risco de ruptura.
  • Insuficiência cardíaca: O coração pode enfraquecer e não bombear sangue de maneira eficaz.

Diagnóstico

O diagnóstico da HAS é feito principalmente através da medição repetida da pressão arterial, utilizando um esfigmomanômetro. A pressão deve ser medida em várias ocasiões e em diferentes condições para confirmar o diagnóstico. Além disso, o médico pode solicitar exames complementares para avaliar o impacto da hipertensão em órgãos-alvo, como:

  • Eletrocardiograma (ECG): Para avaliar a função cardíaca.
  • Exames de sangue: Para verificar níveis de colesterol, glicemia e função renal.
  • Exames de urina: Para detectar a presença de proteínas, indicando possível lesão renal.
  • Ecocardiograma: Avaliação da estrutura e função do coração.
  • Monitoramento da PA: Aferições constantes, organizadas pelo médico, são fundamentes e por vezes, suficientes para chegar no diagnóstico e determinar o inicio do tratamento.

Tratamento

O tratamento da hipertensão arterial visa a redução da pressão arterial para níveis seguros e pode incluir mudanças no estilo de vida e o uso de medicamentos:

  • Medicamentos:
    • Diuréticos: Ajudam a eliminar o excesso de sódio e água do corpo.
    • Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): Reduzem a produção de angiotensina II, um hormônio que aumenta a pressão arterial.
    • Bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA): Impedem a ação da angiotensina II.
    • Betabloqueadores: Reduzem a frequência cardíaca e a força de contração do coração.
    • Bloqueadores dos canais de cálcio: Relaxam os vasos sanguíneos.
  • Mudanças no estilo de vida:
    • Dieta saudável: Redução do consumo de sal, gordura saturada e açúcar. Aumentar a ingestão de frutas, vegetais e grãos integrais.
    • Atividade física: Prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, natação ou ciclismo.
    • Controle do peso: Tratar obesidade.
    • Limitar o consumo de álcool: Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas.
    • Cessação do tabagismo: Parar de fumar para reduzir o risco cardiovascular.

Prevenção

A prevenção da hipertensão envolve medidas semelhantes ao tratamento, principalmente relacionadas ao estilo de vida:

  • Manter uma dieta equilibrada: Rica em frutas, vegetais e pobre em sal.
  • Praticar atividade física regularmente: Pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana.
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e parar de fumar.
  • Tratar Ansiedade: Se diagnosticado com TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), buscar tratamento. Por vezes, controlando o estado psicológico, por si só a PA elevada se resolve.
  • Monitorar regularmente a pressão arterial: Especialmente em indivíduos com fatores de risco.

Como abordamos via Telemedicina

A telemedicina tem se mostrado uma ferramenta eficaz no acompanhamento e manejo da hipertensão arterial. As principais etapas incluem:

  • Consulta inicial: Avaliação dos fatores de risco, histórico familiar e estilo de vida do paciente.
  • Monitoramento remoto: O paciente pode medir a pressão arterial em casa e enviar os dados ao médico, que ajustará o tratamento conforme necessário.
  • Orientação sobre mudanças no estilo de vida: Educação sobre alimentação, exercício e redução do estresse.
  • Prescrição e ajuste de medicamentos: Baseado nos dados fornecidos remotamente.
  • Acompanhamento contínuo: Agendamento de consultas regulares para revisão do tratamento e avaliação da adesão às mudanças de estilo de vida.

Quem escreveu esse artigo:

DR BRUNO RECH<br><span style="font-weight:400;font-size:1em;">CRMRS 53500</span>

DR BRUNO RECH
CRMRS 53500

Dr. Bruno é plantonista de urgência e emergência e realiza atendimento clínico através de um consultório online. Além de ser redator da Revista MedLine, é o responsável técnico na MedLine Telemedicina©, com mais de 8500 consultas realizadas.

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